Segundo as Diretrizes brasileiras de Cardiologia, medições de pressão em casa podem ser mais precisas, auxiliando no diagnóstico da hipertensão arterial.
Nesta última sexta-feira, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou novas recomendações para a avaliação do diagnóstico da pressão alta, também chamada de hipertensão arterial.
É essencial que a população esteja ciente dos critérios atualizados para o diagnóstico de hipertensão arterial, a fim de prevenir complicações de saúde, como AVC e infarto. Manter a pressão arterial sob controle é fundamental para a promoção do bem-estar e da qualidade de vida, procure realizar exames regulares para monitorar sua saúde cardiovascular com eficácia.
Explorando as Novas Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico da Pressão Alta
A hipertensão arterial é reconhecida como um dos principais fatores de risco associados à mortalidade e ao desenvolvimento de outras doenças, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a insuficiência renal, afetando cerca de 45% dos brasileiros entre 30 e 79 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O diagnóstico de hipertensão arterial geralmente é estabelecido com base em medições realizadas em consultórios médicos, porém, as recentes Diretrizes Brasileiras de Medição da Pressão Arterial destacam a importância de exames adicionais e fora do consultório para uma avaliação mais precisa da condição.
O cardiologista Audes Feitosa, coordenador das diretrizes desenvolvidas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ressalta que a medição da pressão arterial é um processo complexo, sujeito a influências como estresse, ansiedade ou medo, que podem levar a resultados imprecisos. Fatores como o ambiente do consultório e as emoções do paciente podem contribuir para um falso diagnóstico, indicando a necessidade de avaliações mais abrangentes.
Além das medições tradicionais em consultório, as novas diretrizes recomendam a realização de exames complementares, como a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Automedida da Pressão Arterial (AMPA). Estes métodos permitem uma análise mais detalhada da pressão arterial ao longo do dia, fora do ambiente clínico, proporcionando uma visão mais precisa do seu comportamento.
Nos exames de diagnóstico de hipertensão arterial, os critérios variam de acordo com o método adotado. Enquanto as medições em consultório consideram pressão sistólica igual ou superior a 140 mmHg e diastólica igual ou superior a 90 mmHg como indicativos de hipertensão, as medições residenciais têm valores de referência ligeiramente mais baixos, na faixa de 13 por 8. É importante seguir as orientações do cardiologista quanto aos limites específicos para cada tipo de exame realizado em casa.
A utilização dessas técnicas complementares, de acordo com o especialista, é fundamental para um diagnóstico preciso e para um melhor acompanhamento do tratamento da hipertensão arterial. Ao integrar as diretrizes mais recentes em sua prática clínica, os profissionais de saúde podem garantir uma abordagem mais abrangente e eficaz no manejo dessa condição de saúde tão relevante.
Fonte: @ Estadão
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