De acordo com a empresa, as alterações na distribuição de dividendos podem afetar futuros pagamentos, conforme descrito no formulário 20-F.
A política de remuneração aos acionistas da Petrobras envolve uma estratégia cuidadosamente elaborada para garantir a distribuição justa de ganhos, refletindo o desempenho e os resultados da empresa. Esse mecanismo essencial busca valorizar os investidores e recompensar seu suporte contínuo, fortalecendo assim a relação de confiança e transparência com o mercado financeiro. A Petrobras reitera seu compromisso em manter uma política de remuneração consistente e alinhada com os interesses de seus acionistas, buscando sempre aperfeiçoar suas práticas e atender às expectativas do setor.
Além da política de remuneração, a Petrobras também adota uma abordagem estratégica em relação à política de dividendos, buscando equilibrar a distribuição de lucros aos acionistas com a necessidade de investimentos para garantir o crescimento sustentável da empresa. Essa prática reflete o compromisso da companhia em recompensar seus investidores e manter a saúde financeira da organização a longo prazo. A transparência e a eficiência na gestão das finanças são pilares fundamentais que norteiam tanto a política de remuneração quanto a política de dividendos da Petrobras, reafirmando seu compromisso com a ética e a responsabilidade corporativa.
Discussão sobre Política de Remuneração e Dividendos da Petrobras
Segundo a Petrobras, possíveis mudanças podem afetar aspectos como frequência de pagamentos, métodos de cálculo, indicadores financeiros e montantes mínimos para pagamento, dentre outros elementos. A declaração da empresa está registrada em um formulário denominado 20-F, protocolado na quinta-feira (11) na SEC, entidade governamental dos Estados Unidos encarregada de regular o mercado de ações, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil.
A companhia enfatizou que a política de dividendos está condicionada a variáveis como volume de investimentos e geração de caixa operacional. Além disso, ressaltou que o pagamento de dividendos acima dos requisitos mínimos legais e estatutários não implica uma garantia de distribuição futura nem estabelece um padrão de referência.
Em relação à distribuição de dividendos, a Petrobras destacou que convicções estratégicas que demandem maiores investimentos ou mudanças nesse plano podem resultar na redução dos montantes destinados aos acionistas. A empresa alertou que fatores como preço e produção do petróleo podem impactar o fluxo de caixa operacional, influenciando, assim, a distribuição de dividendos aos investidores.
A política de remuneração aos acionistas da Petrobras também pode sofrer alterações em função de mudanças no conselho de administração e na diretoria da empresa. A companhia salientou que modificações nessas instâncias de gestão podem acarretar ajustes na política de remuneração aos acionistas, com possíveis impactos que poderiam resultar em pagamentos menores ou até mesmo na suspensão de dividendos no futuro.
A discussão acerca dos dividendos da Petrobras tem se desenrolado desde o ano passado, especialmente durante o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que sempre defendeu a redução da remuneração aos acionistas visando incrementar os investimentos da empresa. Em determinado momento, o conselho da Petrobras aprovou uma alteração na metodologia de cálculo dos dividendos, reduzindo a parcela destinada de 60% para 45% do fluxo de caixa livre, após descontar os investimentos.
A empresa também instituiu uma reserva de remuneração de capital, destinada a receber recursos provenientes de dividendos e juros sobre o capital próprio. Em março, a Petrobras propôs a distribuição somente dos dividendos estatutários, após registrar um lucro de R$ 124,6 bilhões. Na ocasião, foram distribuídos dividendos ordinários de R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre.
Posteriormente, a companhia alocou R$ 43,9 bilhões para a reserva de capital, em vez de efetuar uma remuneração extraordinária aos investidores. A diretoria da Petrobras sugeriu ao conselho de administração a distribuição de dividendos extraordinários, divididos entre a reserva de capital e os acionistas. O presidente da empresa, Jean Paul Prates, ficou em minoria no conselho, abstendo-se na votação da distribuição dos R$ 14,2 bilhões, o que gerou interpretações sobre eventuais divergências de interesses, provocando um embate que se estendeu por mais de um mês.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo