Según a SSP, policiais falharam procedimento: empresário não submetido a bafômetro; motorista, liberado; policiais, militares; mãe pediu para ir ao hospital; depoimentos: amigo-de-infância, namorada; internado na UTI; voltou ao hospital; pedido: desculpas sinceras.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O empreendedor e motorista do Porsche Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, recusou novamente a alegação de ter ingerido bebida alcóolica na noite de 31 de abril, ao colidir com o veículo de luxo na parte dianteira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, 52, que veio a óbito, na região leste da metrópole paulistana.
O uso de cinto de segurança e a velocidade não aplicável foram fatores determinantes no desfecho do acidente, afirmou o comissário de trânsito. Além disso, testemunhas indicaram que a distração do motorista do Porsche contribuiu para o trágico desfecho. A tragédia reforça a importância da prudência ao volante e do respeito às leis de trânsito.
Mãe faz pedido para motorista ir até o hospital
Durante sua entrevista ao programa ‘Fantástico’, da TV Globo, neste domingo (5), o empresário Fernando enfatizou que não recebeu tratamento privilegiado ao ser liberado por policiais militares logo após o acidente. Ele afirmou: ‘Eu não tive nenhum tratamento privilegiado. Foi um caso midiático, que estourou. Foi isso. Não teve nada de tratamento privilegiado. Fui tratado como qualquer um.’ Uma perícia revelou que Fernando estava dirigindo a 156 km/h momentos antes da colisão. No entanto, para ele, dentro do veículo não pareceu que estava tão rápido. Ele sugeriu a realização de uma segunda perícia para confirmar a velocidade do momento.
Amigo-de-infância e namorada prestam depoimentos
No momento do acidente, Fernando foi liberado pelos policiais após sua mãe pedir para eles o levarem até o hospital. No entanto, ao chegarem lá, descobriram que ele não fora internado. Fernando explicou: ‘Minha mãe voltou em casa para pegar minha carteirinha do convênio. Quando cheguei em casa, a situação me afetou, minha mãe me deu um medicamento e adormeci.’ Questionado sobre possíveis práticas de consumo de álcool na noite do ocorrido, ele negou categoricamente.
Quando questionado sobre os depoimentos de seu amigo de infância, Marcus Vinicius Rocha, e sua namorada, a TV Globo mostrou imagens dos advogados aconselhando Fernando a não responder. Marcus Vinicius precisou ser internado na UTI depois do acidente e, embora tenha recebido alta, recentemente retornou ao hospital para mais cuidados médicos.
Repercussões da entrevista de Fernando
Por fim, Fernando expressou suas reflexões sobre o que poderia dizer aos filhos do motorista de aplicativo falecido no acidente. Ele mencionou: ‘Penso muito nisso. Pensei ‘e se fosse meu pai’. Sei que não tem nada que possa trazer meu pai de volta. Mas talvez a única coisa seja um pedido de desculpas sincero, do coração.’ Poucas horas depois dessa entrevista, a Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Fernando, sendo o quarto pedido do Ministério Público aceito. Agora considerado foragido, a polícia continua as buscas para capturá-lo.
O advogado de Fernando, Jonas Marzagão, planeja se apresentar na segunda-feira para discutir o caso com o juiz. A intenção é garantir a segurança de seu cliente, sugerindo que seja encaminhado para Tremembé, presídio localizado no interior de São Paulo. Fernando enfrenta acusações de homicídio doloso e lesão corporal grave, e aguarda os desdobramentos do processo.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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