Consultor Carlos Cogo estudou soluções para melhorar receita negativa de agroindústrias no Biênio, incluindo investimentos em armazenagem e logística. Premios: eficiência portuária, proteger produtores cereal e grãos, exportações Abiove, cálculos embarques. Negócios: déficit, armazenamento, exportações, comércio exterior, associados aos produtores de óleos vegetais, assim como soluções pós-colheita.
Prêmios desfavoráveis nos portos terão um impacto significativo nas exportações brasileiras de soja e milho nos próximos anos, com previsão de uma diminuição de R$ 41,4 bilhões no biênio 2023-2024. A análise foi realizada pelo consultor Carlos Cogo, a pedido da Kepler Weber, empresa líder em armazenagem e soluções para pós-colheita de grãos na América Latina.
Esse efeito negativo pode acarretar perdas significativas para os produtores rurais e a economia do país, caso não haja uma resolução efetiva para os prêmios negativos nos portos. É importante que medidas sejam tomadas para minimizar o impacto dessas questões negativas e garantir a competitividade do setor de grãos brasileiro.
Impacto do Déficit de Estocagem de Grãos na Logística de Exportação
Em parte, o cenário reflete justamente o grande déficit de estocagem de grãos no país, por mais que os investimentos de produtores e agroindústrias nessa frente tenham voltado a aumentar no país no segundo semestre do ano passado. Os prêmios de exportação podem ser positivos ou negativos. Dependem de variáveis como preços praticados no mercado doméstico, câmbio, frete marítimo e origem e destino dos grãos, além da eficiência logística do campo aos portos. Se as condições são favoráveis, reforça o estudo de Cogo, os prêmios costumam ser positivos; se são desfavoráveis, vão para o campo negativo.
Desafios com os Prêmios Negativos nos Embarques de Soja e Milho
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a receita dos embarques de soja em grãos deverá somar quase US$ 100 bilhões no biênio 2023-2024, mas, segundo o estudo de Cogo, o montante poderia ser maior não fossem os R$ 20,1 bilhões que serão perdidos graças aos prêmios negativos nos portos. Em 2023, os prêmios foram negativos, de acordo com o consultor, entre março e julho. Em 2024, o cenário dá o tom desde janeiro, e só deverá virar agora em maio.
As perdas pesam mais no caso do milho, onde o valor das exportações é menos da metade da receita obtida com a soja em grão, e o efeito negativo dos prêmios deverá alcançar R$ 21,2 bilhões no acumulado dos dois anos. O estudo mostra que, em 2023, os prêmios negativos tiveram impacto para os exportadores do cereal entre os meses de maio e setembro. Em 2024, o problema já começou em abril.
Investimentos em Logística e Armazenagem para Superar Desafios
Com isso, afirmou Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber, a logística em geral, e a armazenagem em particular, têm ganhado cada vez mais urgência no agro brasileiro. O déficit de armazenagem de grãos no país já é da ordem de 100 milhões de toneladas e deverá aumentar na próxima safra 2024/2025. Produtores e agroindústrias mais bem preparados já perceberam a tendência e estão ampliando investimentos para tentar se proteger melhor.
Esses aportes passaram a aumentar com mais força no segundo semestre do ano passado e já se refletiram nos resultados da empresa. No primeiro trimestre de 2023, a receita líquida da Kepler Weber aumentou 17,7% ante o mesmo intervalo de 2022, para R$ 380,3 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 18%, para R$ 91,3 milhões, e o lucro líquido registrou incremento de 2%, para R$ 52,2 milhões. Os avanços foram puxados pelos projetos implantados pela companhia em fazendas produtoras de grãos, com destaque para propriedades localizadas na região Sul do país.
Fonte: @ Info Money
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