Alunos preocupam-se com a perda de conteúdo pedagógico e a incerteza sobre a data da formatura. Disse-lhes professores e técnicos.
Muitos estudantes de 38 escolas públicas estão enfrentando os desafios gerados pela greve de professores e técnicos, buscando maneiras de lidar com a situação em andamento.
Em meio à paralisação, há uma atmosfera de incerteza que envolve o cotidiano dos estudantes, que precisam se adaptar a novas rotinas e formas de aprendizado. É importante que a comunidade escolar se mantenha informada sobre as atualizações do movimento grevista e encontre maneiras de apoiar uns aos outros durante esse período desafiador.
Impactos da Greve na Educação: Reivindicações e Preocupações
Mesmo entendendo as reivindicações dos funcionários, alunos entrevistados expressam diversas preocupações decorrentes da paralisação. Entre elas, destacam-se a perda de conteúdo pedagógico, principalmente entre os estudantes do ensino médio nos institutos federais, que já lidam com defasagens da pandemia. O calendário corrido pós-greve, com reposição de aulas nas férias e sobrecarga de matéria em um curto período após a normalização do movimento, gera apreensão. Além disso, a incerteza em relação à data de formatura traz o receio de atrasos na entrada no mercado de trabalho formal. Há também a preocupação com a demora na obtenção do diploma e o risco de exclusão de processos seletivos para universidades no próximo ano, como Sisu e Prouni, para os alunos do ensino médio nos institutos federais.
A situação financeira dos alunos também é afetada, com ansiedade em relação a gastos extras e dificuldades na alimentação devido ao fechamento de restaurantes universitários que oferecem refeições acessíveis. Projetos de pesquisa sofrem prejuízos, pois bibliotecas e mentoria para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) são limitados. A concessão de auxílios estudantis é adiada devido à paralisação do setor administrativo, e há o risco de evasão de alunos vulneráveis se a greve se prolongar por muitos meses.
Adesão ao Movimento Grevista: Diferenças e Impactos Locais
Os níveis de adesão ao movimento grevista variam em cada instituição de ensino, com setores distintos afetados pela paralisação. Em algumas universidades, parte dos professores não participa da greve, enquanto em outras, apenas os técnicos interrompem as atividades. Na Universidade Federal Fluminense (UFF), por exemplo, todos os docentes estão em trabalho, mas o restaurante universitário ficou fechado por semanas, agora funcionando apenas no jantar de terça a quinta-feira. Luísa Cattabriga, aluna da UFF, expressa dificuldades financeiras devido ao fechamento do restaurante universitário, que impacta diretamente sua alimentação diária.
A presidente da UNE, Manuella Mirella, destaca a importância de considerar os estudantes mais vulneráveis durante a greve. O atraso do governo em apresentar propostas para atender às demandas pode gerar evasão estudantil, enfatizando a necessidade de retorno das atividades universitárias. A preocupação com a situação dos estudantes e a falta de empatia são aspectos cruciais a serem considerados durante a paralisação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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