Presidente EUA apoia “atos pacíficos”, rejeita impedimento a entrada de alunos judeus em universidades estaduais por manifestantes e uso de gás lacrimogênio, bombas de dispersão. Biden, candidato, pressionado por posição. Manifestantes acampados, ordens policiais, prédios universitários.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou seu posicionamento contra o uso da violência durante os protestos universitários nos EUA, porém expressou apoio às manifestações, contanto que sejam pacíficas.
Os protestos e demonstrações têm sido uma ferramenta importante para a expressão da sociedade civil em diversas questões. Biden destacou a importância das reuniões pacíficas como forma legítima de protesto e diálogo para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Presidente dos EUA se Manifesta Sobre Protestos em Campi
Foi a primeira vez que o presidente dos EUA, Joe Biden, abordou a onda de protestos que tomou conta de renomados campi universitários do país. Desde meados de abril, as manifestações vêm crescendo, envolvendo universidades de prestígio como Yale, Harvard e Columbia. O número de manifestantes presos em todo o país ultrapassou 2.000 nesta quinta-feira (2), de acordo com a Associated Press.
Biden enfatizou sua postura em relação aos protestos, destacando que ‘protestos pacíficos são livres nos Estados Unidos. Protestos violentos, não’. Ele ressaltou que a destruição de propriedades e ameaças não podem ser consideradas manifestações pacíficas, mas sim atos ilegais. O presidente afirmou que as pessoas têm o direito de protestar, desde que não promovam o caos.
Biden e a Polêmica sobre Antissemitismo e Protestos
Diante da opinião pública favorável aos palestinos e de um eleitorado judeu significativo, Biden adotou uma posição equilibrada em relação aos protestos. O presidente não se posicionou totalmente contra as manifestações, mas ressaltou a importância da ordem prevalecer. Além disso, condenou veementemente o antissemitismo, afirmando que não há espaço para tal comportamento nos campi ou nos EUA.
Em termos de ações concretas, questionado sobre a possibilidade de enviar tropas da Guarda Nacional dos EUA para auxiliar as forças policiais nos campi, Biden não mencionou medidas específicas.
Protestos na Universidade da Califórnia e na Universidade de Columbia
Na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, a polícia estadual interveio na onda de protestos utilizando bombas de dispersão e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes acampados no campus da UCLA. Os confrontos envolvendo manifestantes pró-Palestina e alunos judeus resultaram em centenas de prisões, levando ao cancelamento das aulas na instituição.
Em Nova York, na Universidade de Columbia, manifestantes que ocupavam o Hamilton Hall foram expulsos pelas forças policiais. Após montarem acampamento e resistirem à ação policial, muitos manifestantes foram detidos. A polícia recebeu autorização da universidade para intervir, culminando na prisão daqueles que se opuseram à desocupação do prédio universitário.
Estudantes e autoridades seguem em tensão diante dos desdobramentos dos protestos, ressaltando a complexidade das questões em pauta e a necessidade de garantir a liberdade de expressão, em meio aos desafios de manter a ordem e a segurança nas universidades estaduais dos EUA.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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