Caserna pediu soltura para policiais acusados. Juiz Sandoval Oliveira decidiu, temporariamente, levantou medidas cautelares de acesso à prisão. Suposta vítima e Caserna proibidos de se aproximar. Formação do patrulhamento tático móvel liderada por tenente e coordenador do curso implicados.
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O magistrado Sandoval Oliveira decretou, nesta quinta-feira (2), a liberação dos 14 PMs acusados de agredir Danilo Martins, soldado da PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal), durante um treinamento em Brasília.
A decisão da prisão dos policiais trouxe um grande alívio para suas famílias, que agora podem comemorar a soltura dos acusados. A libertação dos agentes foi vista como um passo importante no processo judicial, trazendo um momento de desligamento após tantas incertezas.
Soltura e Libertação dos Acusados em Meio a Medidas Cautelares
A decisão do desembargador Sandoval Oliveira gerou uma onda de alívio ao substituir a prisão temporária dos acusados por medidas cautelares específicas. Entre as determinações, está a proibição de acesso à unidade militar e a imposição de que os envolvidos não mantenham contato entre si ou com a suposta vítima. O desembargador rebateu a justificativa de que a prisão era necessária para evitar o ‘acesso aos achados do crime’, indicando que a proibição de acesso à unidade militar já seria suficiente.
A Argumentação do Desembargador Sandoval Oliveira
Ao destacar que o comandante do Batalhão de Choque, apontado como mandante da tortura, não foi preso, o desembargador questiona a falta de solicitação do Ministério Público por sua prisão temporária. Segundo ele, não foram apresentados fundamentos que justificassem tratamento diferenciado. A análise do desembargador ressalta que o comandante poderia representar uma ameaça maior às investigações, seja pela hierarquia na corporação ou pelo acesso privilegiado a informações relevantes.
A Liberação dos Acusados e o Pedido da Associação ‘Caserna’
A solicitação que resultou na soltura dos acusados foi feita pela associação ‘Caserna’, representante dos policiais envolvidos no caso. Com a decisão, nomes como Marco Aurélio Teixeira Feitosa, Gabriel Saraiva dos Santos, Daniel Barboza Sinésio e outros foram liberados. Essa libertação contrasta com a suposta vítima, Danilo Martins, que relatou ter sofrido tortura durante um curso de formação do patrulhamento tático móvel, culminando em sua internação por vários dias.
O Relato de Danilo Martins e as Alegações contra os PMs
Danilo Martins descreveu o momento em que foi submetido a agressões físicas e verbais, após se recusar a assinar um documento de desistência do curso de formação. Essa atitude desencadeou uma série de abusos que resultaram em sua internação. A Polícia Militar do DF destacou, em nota, que está investigando os fatos de forma criteriosa e imparcial, assegurando a ampla defesa dos envolvidos.
Essa nova abordagem enfatiza a soltura dos acusados, os argumentos do desembargador Sandoval Oliveira e o impacto das medidas cautelares diante da complexa situação envolvendo a suposta vítima e os possíveis responsáveis.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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