Pedido de recuperação de dívidas noitável, com principais credores: Bradesco, Banco do Brasil. Termos: extrajudicial, renegociação, pessoas físicas, 54%. Plano concordância: 50%+, 1ª, 6ª, 7ª, 8ª, 9ª séries, debêntures. Custo médio: CDI +2,7%. Prazo: 22 meses. Novo perfil dívida: R$ 4,3 bilhões até 2027, R$ 1,5 bilhão em 2024. Carência: 24 meses pagamentos. Juros: 30 meses principal. Homenagem: R$ 500 milhões.
O Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou o pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia, englobando uma reestruturação de débitos no valor de R$ 4,1 bilhões. A solicitação foi apresentada no domingo à noite e já havia sido negociada antecipadamente com os principais credores, Bradesco e Banco do Brasil, responsáveis por 54,5% das obrigações.
A decisão do tribunal em homologar o pedido de recuperação demonstra a busca por uma solução viável para a empresa. O plano de recuperação extrajudicial é um importante passo para a reestruturação financeira da Casas Bahia, derivando de uma estratégia previamente acordada com os principais credores.
Justiça, recuperação extrajudicial;
A etapa de apresentação do pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia não só envolve os grandes bancos como Bradesco e Banco do Brasil, mas também se estende aos demais credores pulverizados, incluindo pessoas físicas. O CEO da empresa, Renato Franklin, expressou que a expectativa é que a homologação do plano de recuperação; aconteça em 37 dias. Esse prazo inicial de 7 dias pode se prolongar conforme a lei, chegando a um total de 30 dias, no entanto, a empresa confia que esse período será suficiente, dado que o plano foi elaborado em conjunto com os credores.
A validação do plano de recuperação extrajudicial demanda a concordância de 50% mais 1 dos credores. O valor renegociado abrange as séries de debêntures de 6ª, 7ª, 8ª e 9ª, com um custo médio de CDI +2,7% e um prazo de 22 meses. Atualmente, os números foram revisados, passando para CDI +1,2%, estendendo o prazo para 72 meses. A reestruturação da dívida promove a preservação de R$ 4,3 bilhões em caixa até 2027, com destaque para R$ 1,5 bilhão somente em 2024.
Em contrapartida, os principais bancos credores conquistam o direito de converter parte significativa dos valores devidos em ações da varejista, uma situação vantajosa para ambas as partes envolvidas. O acordo estabelece uma fase de carência de 24 meses para os pagamentos de juros, seguida por um prazo de 30 meses destinado ao pagamento do principal. Dessa forma, antes da renegociação, a Casas Bahia teria despesas previstas de R$ 4,8 bilhões até 2027, enquanto agora essa cifra foi reduzida significativamente, atingindo apenas R$ 500 milhões.
A empresa conta com a assessoria jurídica do escritório Pinheiro Neto e com a consultoria financeira da Lazard. A repercussão favorável do processo de recuperação extrajudicial reflete um passo importante rumo à estabilidade financeira da Casas Bahia, demonstrando a eficácia da estratégia adotada em conjunto com os credores.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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