Membro do Movimento Fica Oficinas afirma: “Programa de 38 anos da Organização Social Poiesis segue forte apesar das Diretrizes”.
No último final de semana, o coletivo Viva Oficinas de Cultura promoveu em São Paulo uma ação em defesa das oficinas culturais, reforçando a importância desses espaços para a comunidade. Os participantes se reuniram em frente às tradicionais Oficinas de Arte da cidade, como a Oswald de Andrade, localizada no Bom Retiro, a Alfredo Volpi, em Itaquera, e a Juan Serrano, na Brasilândia, demonstrando apoio a essa iniciativa cultural fundamental.
A resistência em prol das oficinas culturais é essencial para preservar a diversidade artística e promover a inclusão social por meio das artes. Os defensores desses espaços culturais estão empenhados em garantir que a comunidade tenha acesso a oportunidades de aprendizado e expressão, fortalecendo assim o tecido cultural da cidade.
Defesa e Mobilização em Prol das Oficinas Culturais
A mobilização em defesa das Oficinas Culturais segue intensa, com diversas entidades e personalidades unidas na Carta em Defesa das Oficinas de Cultura do Estado de São Paulo. O Movimento Fica Oficinas ganha força com o apoio de artistas, ex-secretários municipais e estaduais, intelectuais e atores. Além disso, líderes de partidos políticos como PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, PV e Rede Sustentabilidade também se unem à causa, juntamente com organizações e movimentos da sociedade civil, garantindo uma voz coletiva em prol da preservação desses importantes Espaços Culturais.
A ação em defesa das Oficinas de Arte surge como resposta ao Decreto nº 68.405, de 21/03/2024, que determinou o encerramento do programa Oficinas Culturais. Essa medida tem gerado preocupação quanto ao impacto negativo nas comunidades e no cenário cultural e econômico do estado de São Paulo. A Organização Social Poiesis, responsável pela gestão das oficinas, se destaca como ponto fundamental nesse processo de resistência e busca por alternativas.
As diretrizes afetando os territórios onde as oficinas estão inseridas têm gerado debates acalorados, com críticas à proposta de transformar a formação artística em mera qualificação de técnicos para espetáculos. Para os defensores das Oficinas Culturais, essa mudança representa uma desvalorização dos profissionais e trabalhadores da cultura, impactando negativamente na democratização do acesso à arte e na promoção da diversidade cultural.
Legado e Importância das Oficinas Culturais
Fundadas em 1986 pelo governo Franco Montoro, as Oficinas Culturais representam um marco na democratização cultural do estado de São Paulo. Ao longo dos anos, esses espaços se destacaram como fontes essenciais de conexão cultural, experimentação artística e formação abrangente para pessoas de todas as idades em centenas de municípios paulistas.
Com uma programação diversificada que atendeu a milhares de pessoas, as Oficinas de Cultura se tornaram símbolos de acesso à arte e à cultura em todo o estado. A Oficina Cultural Alfredo Volpi, a Juan Serrano e a Oswald de Andrade são exemplos emblemáticos do alcance e da relevância desses espaços, com atividades que envolveram um grande público em diversas regiões do estado, incluindo atividades online para ampliar o alcance.
A resistência em prol das Oficinas Culturais não se restringe apenas à nostalgia do passado, mas sim à valorização da cultura e da arte como pilares essenciais para o desenvolvimento social e humano. A preservação desses espaços não apenas garante o acesso democrático à cultura, mas também fortalece a identidade e a diversidade cultural do povo paulista. É nesse contexto que a luta pela manutenção e fortalecimento das Oficinas Culturais se faz urgente e necessária, em defesa de um legado que transcende o tempo e inspira gerações futuras.
Fonte: @ Agencia Brasil
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